terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Pesquisa sobre Hidratação

Saber se um cabelo está bem hidratado deixou de ser uma observação empírica ou sensorial para se tornar uma questão científica.

Um estudo, desenvolvido em parceria entre a empresa O Boticário e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), resultou em uma metodologia para testar a eficiência dos produtos cosméticos na hidratação das fibras dos cabelos, pela análise da superfície dos fios, utilizando técnicas e equipamentos de última geração.

Segundo o coordenador da pesquisa, professor Elson Longo do Laboratório de Eletroquímica e Cerâmica da UFSCar, o objetivo foi procurar uma nova tecnologia para avaliar a ação dos cosméticos nos cabelos. "Quando tomamos banho, utilizamos água com cloro, que ataca o cabelo, quebrando as ligações dos aminoácidos, danificando os fios. Como está danificado, o cabelo passa a se hidratar menos", explica. Os produtos químicos contidos nos cosméticos "reparam" essa ligação, melhorando a hidratação.

O processo desenvolvido nos laboratórios da UFSCar consiste na utilização de dois métodos associados. "Primeiro, através da análise térmica, podemos verificar o momento exato, ou seja, em quais temperaturas, a água se desprende do cabelo. Depois, através da cromatografia gasosa verificamos a possibilidade de medir a quantidade de água no cabelo. Sabendo em quais temperaturas a água se desprende, colocamos os cromatógrafos naquelas temperaturas e medimos a quantidade de água nos fios, avaliando a hidratação das fibras capilares", disse.
Com isso, foi possível comparar diferentes produtos e verificar qual amostra apresentava melhor desempenho na hidratação do cabelo. Longo explica que foram testados quatro produtos diferentes, sem que os pesquisadores soubessem sua composição.

O trabalho, desenvolvido em um ano, foi utilizado pelo laboratório de Pesquisa e Inovação de O Boticário no desenvolvimento da linha de tratamento de cabelos Universal Solutions, que utiliza ingredientes como água de coco e algas marinhas encontradas na costa da região Nordeste do Brasil.
Totalmente financiada pela indústria de cosméticos, a pesquisa envolveu dois doutores, um doutorando e um mestrando da UFSCar, além dos profissionais da área de pesquisa e desenvolvimento de O Boticário. O trabalho foi apresentado no Congresso Nacional de Cosmetologia e deverá ser publicado na revista Society of Cosmetic Chemists, uma das principais revistas técnicas do segmento, com sede nos Estados Unidos.
A empresa investiu, entre pesquisa, desenvolvimento e marketing da nova linha de produtos R$ 1,2 milhão. Mais informações com professor Elson Longo (dels@power.ufscar.br)

Fonte: Diário Popular

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